Efeitos colaterais da colina: o que você precisa saber

O corpo humano precisa de vitaminas, sais minerais e nutrientes para realizar suas funções. Porém, a presença desses componentes em excesso atrapalha o funcionamento do organismo em vez de ajudar. Neste artigo, explicamos os efeitos colaterais da colina.

Esse nutriente é essencial para a saúde, principalmente do fígado, além de auxiliar em outras atividades como memória e desempenho físico¹.

Os alimentos são as principais fontes de colina, mas é possível obtê-la por meio da suplementação, quando necessário¹.

Continue a leitura e entenda para que serve a colina, os efeitos colaterais da superdosagem, o melhor horário para tomar o suplemento e se pode tomar colina todo dia.

Resumo

• A colina é um nutriente essencial que participa do metabolismo de gorduras, contribui para a saúde do fígado e do cérebro e auxilia na manutenção das estruturas celulares².
• Os efeitos colaterais da colina incluem: dor de estômago, diarreia, fezes amolecidas, queda de pressão, suor com odor forte, mau hálito, eventos cardiovasculares e reações alérgicas³.
• A suplementação pode ser feita diariamente, desde que a dosagem recomendada seja respeitada, preferencialmente junto às refeições principais, como almoço e jantar^2-4.

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Boa leitura!

O que é e para que serve a colina?

A colina é um nutriente essencial solúvel em água, que pertence ao grupo de vitaminas do complexo B (B8, especificamente). Apesar dessa classificação, tecnicamente não é uma vitamina, nem um mineral².

O nutriente faz parte de muitas substâncias químicas do corpo. Por isso, a colina serve como um auxiliar em diversas funções, como²:

• metabolismo de gorduras no fígado;
• prevenção contra o acúmulo de gordura;
• eliminação de toxinas hepáticas;
• produção de fosfolipídios, componentes das membranas celulares;
• proteção da integridade estrutural e funcional das células.

A colina também é essencial para o bom funcionamento dos rins e compõe a estrutura química do neurotransmissor acetilcolina, que transmite mensagens entre os nervos e os músculos².

Por fim, o nutriente serve como um bloco de construção da lecitina — substância que faz parte das paredes celulares, do plasma sanguíneo, das lipoproteínas — e da esfingomielina, um tipo de material isolante do cérebro e do tecido nervoso².

Apesar de participar de funções importantes no organismo, os efeitos colaterais da colina podem ocorrer mesmo em doses consideradas normais. Confira no próximo tópico as principais consequências.

Quais são os efeitos colaterais da colina?

Mesmo em doses consideradas normais, os efeitos colaterais da colina incluem dor de estômago, diarreia e fezes amolecidas. Em quantidades elevadas (a partir de 20 g por dia), as reações mais comuns são: queda de pressão, suor com odor forte, mau hálito, eventos cardiovasculares e reações alérgicas³.

1. Desconfortos gastrointestinais

Altas doses de colina podem causar alterações gastrointestinais, como diarreia, fezes moles, dor de estômago, náusea e vômito. A tolerância individual à colina varia, portanto, algumas pessoas são mais propensas a esses desconfortos do que outras³.

Por isso, é essencial que a suplementação seja feita com orientação médica, a fim de evitar a superdosagem e impedir que o tratamento se prolongue além do necessário³.

2. Suor com odor forte e mau hálito

O metabolismo da colina libera trimetilamina (TMA), uma substância posteriormente convertida em óxido de trimetilamina (TMAO) pelas bactérias intestinais³.

O excesso de TMAO no organismo pode causar um odor corporal forte — semelhante ao cheiro de peixe em alguns indivíduos — e também mau hálito. No entanto, esses efeitos colaterais da colina são relativamente raros³.

3. Maior risco de eventos cardiovasculares

Estudos sugerem uma associação entre níveis elevados de TMAO — que podem aumentar com o consumo excessivo de colina — e um maior risco de eventos cardiovasculares, como doenças cardíacas³.

No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar uma relação causal direta³.

4. Queda de pressão arterial

Outro efeito colateral da colina é a queda da pressão arterial, geralmente causada pelo consumo excessivo de suplementos. Essa reação pode provocar sintomas como tontura, vertigens e desmaios³.

5. Reações alérgicas

As reações alérgicas ao suplemento são efeitos colaterais da colina pouco comuns. Quando ocorrem, os principais sintomas incluem erupções cutâneas, coceira e dificuldade para respirar. Se esses sinais aparecerem, procure atendimento médico imediatamente³.

Pode tomar colina todo dia?

Sim, uma pessoa pode tomar colina todo dia, desde que siga a dosagem recomendada. No entanto, o consumo excessivo ou prolongado pode causar efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, é fundamental contar com orientação médica para garantir o uso seguro e eficaz².

Embora o fígado produza pequenas quantidades de colina, essa produção não é suficiente para realizar todas as funções essenciais. Por isso, é necessário consumir o nutriente por meio da dieta e/ou de suplementos alimentares².

A recomendação de ingestão adequada para homens e mulheres acima de 19 anos é de 550 mg e 425 mg por dia, respectivamente².

Os médicos utilizam esses valores referenciais para definir a dose de suplementação, conforme as necessidades individuais de cada paciente.

Qual é o melhor horário para tomar colina?

O melhor horário para tomar colina é junto das refeições principais, como almoço ou jantar. Essas refeições são ricas em gorduras, o que melhora a absorção do nutriente. Porém, não existem restrições em relação a tomar o suplemento em qualquer outra hora do dia⁴.

A principal vantagem de associar a suplementação a uma refeição regular é lembrar com mais facilidade de tomar o suplemento todos os dias⁴.

Dessa forma, o tratamento é mais eficaz e o corpo obtém a quantidade de colina necessária para realizar suas funções.

FAQ

A colina é segura para todos?

Sim, a colina é segura para a maioria das pessoas quando consumida nas doses recomendadas, seja pela alimentação ou por suplementos com orientação médica. Os efeitos colaterais geralmente aparecem apenas em casos de consumo excessivo ou prolongado. Por isso, é fundamental seguir as recomendações de uso³.

Quais são os sinais de overdose de colina?

Os principais sinais de overdose de colina incluem: pressão baixa, suor com odor forte, mau hálito, eventos cardiovasculares e reações alérgicas. O uso regular também pode provocar diarreia, fezes amolecidas, dor de estômago, náusea e vômito³.

A colina é benéfica para a saúde do cérebro?

Sim, a colina é benéfica para a saúde cerebral porque ajuda a manter a integridade das membranas celulares, essencial para o funcionamento geral do cérebro. Além disso, o nutriente contribui para a produção de neurotransmissores como acetilcolina, dopamina e norepinefrina, importantes para o humor e o desempenho cognitivo³.

Pode-se tomar colina durante a gravidez?

Sim, a suplementação de colina durante a gravidez é fundamental para a saúde da mãe e do bebê. A colina contribui para a formação do tubo neural, desenvolvimento cerebral e ajuda a prevenir complicações, como diabetes gestacional e doença hepática gordurosa. A suplementação pode começar no período pré-natal⁵.

Quais alimentos são ricos em colina?

Os alimentos ricos em colina são⁶:

• carnes e peixes;
• ovos;
• laticínios;
• legumes (feijão, couve-flor, batata vermelha, repolho e brócolis);
• cogumelos;
• frutas (abacate, frutas vermelhas, tangerina, maçã e kiwi);
• nozes;
• cereais (quinoa, farelo de aveia e grãos de trigo)

Agora que você sabe como tomar e conhece os efeitos colaterais da colina, consuma o nutriente regularmente por meio da alimentação e, caso suplemente, siga as orientações do médico corretamente.

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