mulher de blusa rosa com árvores ao fundo com crise alérgica espirrando

Se você sofre com crises de alergia, certamente já ouviu falar sobre os remédios que ajudam a controlar o desconforto. Nesse contexto, entender o que é anti-histamínico e por que esse tipo de medicamento contribui para o alívio desses sintomas é fundamental.

Afinal, esses fármacos apresentam ativos que reduzem as reações alérgicas e, dessa maneira, proporcionam alívio para manifestações, como coceira, vermelhidão, inflamação e irritação 1.

No entanto, apesar da popularidade, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre essa classe medicamentosa. Por exemplo, é fundamental saber que nem todo medicamento antialérgico causa sono. Além disso, existem versões indicadas para situações específicas 1.

Neste artigo, entenda em detalhes o que é um anti-histamínico, como funciona no corpo, quais são suas funções, as diferenças entre a primeira e a segunda geração e em quais situações a melhor escolha é procurar um médico para iniciar o tratamento. Aproveite a leitura!

Resumo

  • O anti-histamínico é o que chamamos de remédio antialérgico 1. É uma classe de medicamentos que trata sintomas de alergia, como coriza, espirros e coceira nos olhos. Também pode aliviar desconfortos digestivos, como enjoo ⁷.
  • Os medicamentos bloqueiam receptores nervosos e controlam a produção de histamina, molécula que protege o organismo, mas que, em excesso, provoca reações alérgicas ².
  • Os principais tipos de antialérgicos são os de primeira e segunda geração, que atuam nos receptores H1 1.
  • Os efeitos colaterais mais comuns são: sonolência, lentidão de reação, boca e olhos secos, visão turva ou dupla, tontura, dor de cabeça e pressão baixa ⁷.

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O que é um anti-histamínico?

O anti-histamínico é um medicamento antialérgico que ajuda a aliviar sintomas de alergia, como coriza, espirros e coceira nos olhos. Essas reações surgem quando o organismo apresenta hipersensibilidade aguda a algum agente, absorvido por ingestão, inalação ou contato direto com a pele ¹.

O remédio bloqueia os receptores de histamina, uma substância química liberada pelo sistema imunológico que transmite mensagens entre diferentes células. Entre suas várias funções, a histamina é conhecida por causar sintomas alérgicos e anafiláticos ¹.

Essas reações ocorrem devido a substâncias como ¹:

  • alérgenos ambientais (pólen, poeira, mofo e pelos de animais de estimação);
  • picadas e ferroadas de insetos;
  • alimentos;
  • medicamentos.

A maioria dos remédios anti-histamínicos está disponível sem prescrição médica. No entanto, alguns exigem receita. Também são ingredientes comuns em descongestionantes nasais, xaropes contra tosse e analgésicos ¹.

Além disso, há compostos com ação antialérgica presentes em medicamentos para gripes e resfriados — infecções virais com sintomas semelhantes aos das reações alérgicas ¹.

Após entender o que é um anti-histamínico, confira a seguir para que serve esse medicamento.

Para que serve o anti-histamínico?

O anti-histamínico bloqueia receptores nervosos e regula a produção de histamina — molécula essencial na defesa do corpo, mas que, em excesso, provoca sintomas alérgicos como coceira, irritação, vermelhidão e inflamação ².

A histamina, produzida pelo próprio organismo, também participa de funções como a produção de ácido estomacal, sensação de fome, regulação do relógio biológico e controle do ciclo circadiano ².

No contexto alérgico, a histamina atua como agente de defesa, acionada por contato com substâncias potencialmente nocivas ou sensibilizantes. Assim, o corpo reage prontamente às ameaças detectadas ².

Por exemplo, algumas pessoas são mais suscetíveis a alérgenos como pólen, ácaros e poeira — que irritam e lesionam as mucosas respiratórias ².

Esse contato estimula a produção de histamina, que dilata os vasos sanguíneos e gera coriza para transportar células de defesa à área afetada, o que sinaliza uma ameaça ².

Embora faça parte da resposta imunológica, o excesso de histamina intensifica os sintomas. Os antialérgicos bloqueiam sua ação no sistema nervoso, o que diminui a ligação da molécula aos receptores e controla a reação ².

Qual a diferença entre anti-histamínicos e antialérgicos?

Não há diferença entre anti-histamínico e antialérgico. Ambos os termos designam a mesma classe de medicamentos, usados para bloquear a ligação da histamina aos receptores nervosos e, assim, controlar reações alérgicas e seus sintomas ¹.

Em resumo, entender o que é anti-histamínico significa reconhecer que se trata de um medicamento para tratar alergias. Ou seja, um antialérgico.

Leia também: Dor de cabeça: causas, tipos e como aliviar o sintoma

Como o antialérgico funciona?

Os antialérgicos bloqueiam ou reduzem a ação da histamina, que está envolvida em diversos processos, como ³:

  • dilatação dos vasos sanguíneos (vasodilatação);
  • movimentação de fluidos entre os tecidos;
  • inflamações;
  • contrações musculares nos intestinos e pulmões;
  • secreção de ácido gástrico;
  • controle da frequência cardíaca;
  • transmissão de sinais entre células nervosas.

Para visualizar o mecanismo de bloqueio, imagine os receptores do sistema nervoso como brinquedos de encaixar. Cada receptor tem um formato específico, e a histamina se encaixa como uma peça exata ³.

Quando há produção excessiva de histamina, a molécula se liga rapidamente aos receptores correspondentes, o que provoca os sintomas típicos de alergia, como:

  • congestão nasal;
  • coriza;
  • espirros;
  • urticária e outras erupções cutâneas;
  • coceira;
  • olhos lacrimejantes.

O antialérgico, por ter estrutura semelhante à da histamina, ocupa os receptores e impede sua ativação. Esse bloqueio ajuda a controlar ou evitar os sintomas. Especificamente, o medicamento atua nos receptores H1, o que inibe as moléculas por várias horas ³.

A histamina também afeta o sistema digestivo. Por isso, os remédios anti-histamínicos podem aliviar sintomas como enjoo e náuseas ³.

É importante lembrar que o anti-histamínico age apenas sobre a histamina. Outros agentes químicos também podem provocar reações alérgicas e, nesses casos, o remédio pode não ser suficiente ³.

Porém, não basta apenas saber o que é um anti-histamínico. Afinal, existem diferentes classificações do medicamento, conforme veremos a seguir.

Quais são os tipos de anti-histamínicos?

Os principais tipos de anti-histamínicos do receptor H1 são os de primeira e segunda geração. A primeira geração tem ação generalizada e pouco precisa, com maior probabilidade de provocar efeitos adversos. A segunda geração é composta por substâncias com ação mais seletiva ¹.

Também existem os que bloqueiam receptores H2 da histamina. Confira as características desses dois tipos de anti-histamínicos a seguir.

O que é anti-histamínico que bloqueia receptores H1?

Os receptores H1 estão presentes em todo o corpo, inclusive nos neurônios, nas células musculares lisas das vias aéreas e nos vasos sanguíneos. A ativação desses receptores provoca reações alérgicas ¹.

Assim, os anti-histamínicos do receptor H1 tratam principalmente os seguintes sintomas ¹:

  • angioedema (inchaço da pele);
  • bronquite;
  • conjuntivite alérgica;
  • náusea;
  • reações alérgicas de pele, como dermatite atópica (causa erupções cutâneas e coceira);
  • rinite alérgica;
  • sinusite;
  • urticária;
  • vômito.

Esse grupo se divide em dois tipos ¹:

  • anti-histamínicos de primeira geração: pouco seletivos e com ação em diversos receptores H1 do organismo, o que aumenta os efeitos adversos, como sonolência, boca seca e aumento do apetite;
  • anti-histamínicos de segunda geração: mais seletivos e precisos, com menor penetração no sistema nervoso central, o que reduz a chance de sonolência e outros efeitos indesejados.

Os primeiros ativos com ação antialérgica atuam de forma mais ampla, o que afeta receptores em regiões que não apresentam reações alérgicas. Esses medicamentos atravessam com facilidade a barreira hematoencefálica do sistema nervoso central, o que provoca sonolência ¹.

Com o tempo, surgiram novas substâncias com ação direcionada a áreas específicas do corpo. Por esse motivo, em casos de alergias localizadas, os medicamentos de segunda geração são mais eficazes e provocam menos efeitos colaterais ¹.

No entanto, para identificar o anti-histamínico de segunda geração mais adequado, é fundamental contar com um diagnóstico preciso ¹.

Em contrapartida, os de primeira geração podem ser usados inicialmente para aliviar os sintomas, enquanto o médico avalia o quadro clínico ¹.

O que é anti-histamínico que bloqueia receptores H2?

Os receptores H2 estão concentrados principalmente nas células do estômago responsáveis pela liberação de ácido, bem como em células musculares lisas e cardíacas ⁶.

Assim, os anti-histamínicos H2 são usados no tratamento de condições gastrointestinais, como doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), gastrite, síndrome de Zollinger-Ellison e úlcera péptica ⁶.

Os exemplos de anti-histamínicos H2 incluem ⁶:

  • cimetidina: reduz a acidez do estômago;
  • famotidina: previne a recorrência de úlceras;
  • nizatidina: inibe a produção de ácido no estômago, indicada para esofagite.

Em geral, os medicamentos dessa categoria são bem tolerados, mas podem causar efeitos adversos. Entre os mais comuns estão: diarreia, constipação, fadiga, tontura e confusão mental ⁶.

A cimetidina exige mais cautela, pois pode provocar vários efeitos indesejados. Em homens, pode causar ginecomastia (aumento das mamas); em mulheres, galactorreia (produção de leite fora da lactação) ⁶.

Esses remédios também podem inibir o sistema do citocromo, grupo de enzimas hepáticas envolvidas na metabolização de medicamentos, o que favorece interações medicamentosas e aumento da toxicidade ⁶.

Pessoas com alterações hemodinâmicas (pressão arterial e fluxo sanguíneo), pressão intraocular elevada ou retenção urinária devem usar anti-histamínicos com cautela, pois esses quadros podem se agravar ⁶.

Agora que você já sabe o que é um anti-histamínico e suas diferentes classes, confira os principais remédios que existem no mercado!

Quais são os remédios anti-histamínicos?

Há diversos remédios anti-histamínicos do receptor H1 — de primeira e segunda geração — que aliviam os sintomas da alergia, como cloridrato de hidroxizina, maleato de bronfeniramina, loratadina e fexofenadina ⁷.

Esses medicamentos estão disponíveis em diversas formas: comprimidos, sprays nasais, xaropes e soluções líquidas. Veja exemplos de princípios ativos de cada tipo ⁷.

O que é um anti-histamínico de primeira geração?

Os anti-histamínicos de primeira geração, também chamados de “clássicos”, são medicamentos mais antigos que tratam alergias. Sua principal função é bloquear a ação da histamina, responsável por sintomas alérgicos, como coceira, espirros e coriza 1.

No entanto, atravessam facilmente a barreira hematoencefálica, o que explica a sonolência como efeito colateral comum. Devido a essa característica, também podem ser medicamentos úteis no tratamento de insônia, enjoo e até mesmo náuseas associadas a viagens 1.

Lista de antialérgicos de primeira geração

Exemplos de antialérgicos H1 de primeira geração ⁷:

  • ciproeptadina: estimula o apetite;
  • clemastina: alivia a rinite alérgica sazonal;
  • clorfeniramina: combate sintomas de infecções virais, dor de cabeça, febre e dor muscular;
  • cloridrato de hidroxizina: indicado para coceira provocada por urticária, dermatite atópica e dermatite de contato;
  • difenidramina: reduz coceira, espirros e coriza;
  • dimenidrinato: trata náuseas, vômitos e tontura relacionados ao enjoo de movimento ou à gestação;
  • doxilamina: indicado para sintomas alérgicos e insônia, devido ao efeito sedativo;
  • maleato de bronfeniramina: usado para reações alérgicas, gripes, resfriados, rinite e sinusite.

O que é um anti-histamínico de segunda geração?

Os anti-histamínicos de segunda geração são versões mais modernas, desenvolvidas para tratar alergias com menos efeitos colaterais. Também bloqueiam a ação da histamina para aliviar sintomas típicos, mas não provocam sonolência significativa, pois têm baixa penetração no sistema nervoso central 1.

Por essa razão, são os mais indicados para uso contínuo em quadros de rinite alérgica, urticária e outras condições, já que oferecem maior conforto e segurança ao paciente 1.

Lista de antialérgicos de segunda geração

Exemplos de anti-histamínicos H1 de segunda geração ⁷:

  • azelastina: trata rinite e conjuntivite alérgicas;
  • desloratadina: alivia sintomas de rinite alérgica;
  • dicloridrato de cetirizina: indicado para rinite alérgica sazonal e perene, além de urticária;
  • fexofenadina: combate urticária (erupções na pele e coceira) e sintomas da rinite alérgica;
  • loratadina: eficaz contra coceira no nariz, coriza, espirros e urticária.

É recomendado procurar um médico antes de tomar antialérgicos?

Mesmo após entender o que é anti-histamínico, é fundamental ter orientação de um profissional da saúde para se medicar. Em casos leves ou moderados, você pode contar com o auxílio de um farmacêutico para entender qual o melhor remédio para a sua necessidade ².

Por exemplo, para sintomas alérgicos e dor de cabeça leve a moderada, o uso de Engov comprimido é considerado seguro ⁴.

No entanto, crianças com menos de 12 anos, gestantes, lactantes e pessoas com hipertensão ou glaucoma precisam de avaliação médica antes de utilizar o medicamento ⁴.

Esse cuidado é essencial para ajustar a dosagem, verificar se o remédio é adequado e avaliar possíveis interações medicamentosas ou riscos relacionados aos componentes de Engov ¹.

Todo anti-histamínico dá sono?

Não é verdade que todo anti-histamínico dá sono. Esse efeito secundário era mais comum nos tipos mais antigos de antialérgicos, que eram pouco seletivos e penetravam no sistema nervoso central, o que bloqueava os receptores H1 no cérebro e causava a sonolência ³.

Já os componentes modernos, da segunda geração, são mais seletivos e agem apenas nos receptores H1 das áreas do corpo expostas ao alérgeno ¹.

No caso de Engov, por exemplo, a sonolência pode surgir como reação adversa ao maleato de mepiramina, anti-histamínico presente na fórmula. Esse efeito sedativo exige cuidado: evite dirigir ou operar máquinas após o uso ⁴.

Como identificar os anti-histamínicos sedativos?

Para não arriscar tomar um antialérgico e dormir durante o trabalho, é importante conhecer os princípios ativos com esse efeito. Os nomes das substâncias estão sempre listados na embalagem. Confira alguns que causam sonolência ⁸:

  • bronfeniramina;
  • clorfeniramina;
  • dexbronfeniramina;
  • difenidramina;
  • dimenidrinato;
  • doxilamina;
  • fenindamina;
  • feniramina;
  • pirilamina;
  • triprolidina.

Os antialérgicos sedativos reduzem o estado de alerta, o que provoca sono ⁸. Essa reação é perigosa para motoristas, operadores de máquinas pesadas e profissionais que precisam manter atenção constante.

Outro alerta importante é que muitos medicamentos usados no tratamento de gripes e resfriados comuns contêm anti-histamínicos ⁸. Por isso, consulte o farmacêutico para escolher uma opção que não cause sonolência.

Após compreender o que é um anti-histamínico sedativo, confira como tomar o medicamento para controlar crises alérgicas.

Como tomar um antialérgico?

Existem diversos tipos de antialérgicos e, por consequência, diferentes formas de uso. Leia atentamente o rótulo e siga as orientações do farmacêutico ou do profissional de saúde responsável pelo seu tratamento.

Antes de tomar o medicamento, é fundamental entender os seguintes pontos ⁷:

  • forma de ingestão ou aplicação: alguns remédios precisam do apoio de alimentos ou água para evitar irritações gástricas. Colírios, cremes e sprays nasais também têm aplicações corretas para funcionarem de forma eficaz;
  • dosagem: as doses variam conforme o medicamento, idade e peso. A quantidade de comprimidos, gotas ou aplicações deve seguir as recomendações específicas;
  • horário e frequência: a bula informa o melhor momento do dia para o uso. Alguns são indicados à noite, especialmente os que causam sonolência. Outros são indicados uma ou mais vezes por dia;
  • duração do tratamento: consulte a bula ou o farmacêutico para saber quanto tempo utilizar o medicamento. Existem opções de uso curto e prolongado, conforme a origem da alergia.

Além disso, é essencial evitar condutas perigosas, como ⁷:

  • não aumentar ou dobrar a dose por conta própria;
  • não antecipar a dose, mesmo que utilize mais de uma por dia;
  • não usar dois antialérgicos diferentes ao mesmo tempo;
  • não administrar o medicamento em crianças menores de 4 anos sem recomendação médica;
  • evitar dirigir ou operar máquinas durante o tratamento com antialérgicos de primeira geração;
  • crianças e idosos com mais de 65 anos devem passar por avaliação médica antes de iniciar o uso desses medicamentos.

Os remédios da primeira geração têm ação de quatro a seis horas. Os da segunda geração atuam de 12 a 24 horas. Ambos são metabolizados pelo fígado ⁶.

O café é bom para alergia?

Ainda não há consenso científico sobre se o café é bom para alergia. Estudos não esclareceram como a cafeína interfere nas citocinas envolvidas nas reações alérgicas do sistema respiratório ⁹.

Além disso, o efeito imunológico do café em sua forma natural permanece desconhecido, especialmente por conter outras substâncias bioativas além da cafeína ⁹.

No entanto, sabe-se que o café e a cafeína apresentam propriedades imunomoduladoras e anti-inflamatórias que afetam o sistema respiratório ⁹.

Uma pesquisa com camundongos mostrou que o café reduziu a hiperresponsividade das vias aéreas e as respostas alérgicas induzidas. Seus efeitos imunomoduladores e anti-inflamatórios foram superiores aos da cafeína isolada ⁹.

Apesar do resultado promissor, é necessário destacar que a cafeína possui alta concentração de histaminas. Assim, o consumo de café ou bebidas com cafeína pode elevar os níveis de histamina no organismo ¹⁰.

Esse aumento depende da quantidade ingerida. Estudos indicam que os níveis de histamina sobem cerca de 30 minutos após a ingestão da cafeína e permanecem altos por, pelo menos, duas horas ¹⁰.

Portanto, quanto maior o consumo de bebidas com cafeína, mais intensa pode ser a congestão nasal e a inflamação ¹⁰. O segredo está no equilíbrio: pequenas quantidades podem ajudar, mas o excesso tende a piorar os sintomas.

Quais são os efeitos colaterais do remédio anti-histamínico?

Os anti-histamínicos podem provocar diferentes efeitos adversos, especialmente os de primeira geração. Já os de segunda geração têm menor penetração no sistema nervoso central, o que reduz o risco de efeitos colaterais ⁶.

Os medicamentos que atuam nos receptores H1 podem causar reações que variam conforme a dose. Por outro lado, os antialérgicos do receptor H2 têm poucos efeitos adversos, com exceção da cimetidina ⁶.

Os receptores H1 têm propriedades anticolinérgicas, ou seja, bloqueiam a ação da acetilcolina, um neurotransmissor, o que diminui a atividade do sistema nervoso. Esse efeito é comum apenas nos medicamentos de primeira geração ⁶.

Esses fármacos são sedativos, mas, em algumas pessoas, podem causar insônia. Boca seca, tontura e zumbido também estão entre os efeitos frequentes ⁶.

Em doses mais altas, podem ocorrer euforia e perda de coordenação motora. O delirium é um efeito adverso possível em casos mais graves ⁶.

Mesmo bem tolerados, os antialérgicos do receptor H2 podem provocar reações incomuns, como distúrbios gastrointestinais (diarreia ou constipação), fadiga, tontura e confusão mental ⁶.

Entender o que é um anti-histamínico é um passo importante para saber quais são os efeitos mais comuns do medicamento, bem como suas contraindicações. Saiba mais a seguir!

Contraindicações

Devido ao risco de efeitos cardiotóxicos, alguns anti-histamínicos são contraindicados para pacientes com prolongamento do intervalo QTc, distúrbio que afeta a atividade elétrica do coração ⁶.

Pacientes que usam medicamentos que prolongam o QTc devem realizar monitoramento constante, devido ao risco de arritmias cardíacas graves ⁶.

O uso de antialérgicos durante a gestação é uma contraindicação relativa. Muitos estudos não demonstram risco significativo de malformações fetais com medicamentos de primeira geração. Para garantir a segurança, consulte o médico para avaliar a melhor alternativa para o tratamento da alergia 6,7.

As lactantes devem evitar o uso de antialérgicos, pois pequenas quantidades do medicamento podem passar para o bebê pelo leite materno ⁶.

Pessoas com função hepática ou renal comprometida também devem usar anti-histamínicos com cautela ⁶.

Leia também: Em quanto tempo o Engov faz efeito? Entenda como funciona!

Qual o melhor anti-histamínico?

O Engov comprimido é indicado para aliviar sintomas de dor de cabeça, alergias, mal-estar e indisposição. Os principais componentes da fórmula são ⁴:

  • maleato de mepiramina (15 mg);
  • hidróxido de alumínio (150 mg);
  • ácido acetilsalicílico (150 mg);
  • cafeína (50 mg).

A cafeína atua como estimulante leve do sistema nervoso central (SNC) e, quando combinada com analgésicos, auxilia no alívio da dor ⁴.

O maleato de mepiramina, também chamado de maleato de pirilamina, tem ação anti-histamínica e combate sintomas de reações alérgicas. Descoberta em 1944, essa substância é uma das mais eficazes da sua categoria ⁵.

Seu principal benefício é o alívio de sintomas como coceira intensa e hipersensibilidade. Por isso, também está nas fórmulas de medicamentos usados para tosse e resfriados ⁵.

A dose recomendada de Engov é de um a quatro comprimidos por dia. Se os sintomas persistirem, procure orientação médica ⁴.

*Relacionados à dor de cabeça.

Descubra na prática o que é anti-histamínico e conte com Engov para aliviar os sintomas que atrapalham o seu dia.

Engov: alívio dos sintomas alérgicos

Engov é um anti-histamínico e analgésico indicado para o alívio de ⁴:

  • dor de cabeça;
  • azia;
  • mal-estar*;
  • indisposição*;
  • reações alérgicas.

Vai de boa. Vai de Engov.

*Relacionados à dor de cabeça.

Engov. Maleato de mepiramina, hidróxido de alumínio, ácido acetilsalicílico e cafeína. Indicação: alívio dos sintomas de dores de cabeça e alergias. MS 1.7817.0093. Este medicamento é contraindicado em casos de suspeita de dengue. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Agosto/2025.

 

Saiba mais sobre Engov

Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.

Conheça o autor

1. Church MK, Church DS. Pharmacology of antihistamines. Indian J Dermatol. 2013 May;58(3):219-24. doi: 10.4103/0019-5154.110832. PMID: 23723474; PMCID: PMC3667286. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3667286/. Acesso em: fevereiro/2023.


2. Criado PR, Criado R, Maruta C, Machado Filho C. Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos: novos conceitos. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0365-05962010000200010. Acesso em fevereiro/2023.


3. Pastorino AC. Revisão sobre a eficácia e segurança dos anti-histamínicos de primeira e segunda geração. Disponível em: http://www.sbai.org.br/revistas/vol333/anti-histaminicos_33_3.pdf. Acesso em: fevereiro/2023.


4. Bula do Engov. Disponível em: https://www.engov.com.br/bula/. Acesso em fevereiro/2023.


5. Vieira, Luciane Cristina. Comparação da atividade anti-histamínica da clemastina e da pirilamina em íleo de Cavia porcelus (cobaio). (2005).


6. Farzam K, O’Rourke MC, Sabir S. Antihistamines [Internet]. PubMed. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK538188/. Acesso em maio/2025.


7. Antihistamine types & side effects [Internet]. Cleveland Clinic. 2024. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/treatments/antihistamines. Acesso em maio/2025.


8. Tabela: Como reconhecer os anti-histamínicos sedativos [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família. 2025. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/table/como-reconhecer-os-anti-histam%C3%ADnicos-sedativos. Acesso em maio/2025.


9. Wong YC, Hsu WC, Wu TC, Huang CF. Effects of coffee intake on airway hypersensitivity and immunomodulation: an in vivo murine study. Nutrition Research and Practice [Internet]. 2023;17(4):631. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10375320/. Acesso em maio/2025.


10. John J, Kodama T, Siegel JM. Caffeine promotes glutamate and histamine release in the posterior hypothalamus. American Journal of Physiology - Regulatory, Integrative and Comparative Physiology [Internet]. 2014 Sep 15;307(6):R704–10. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4166758/. Acesso em maio/2025.


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