energético tem álcool

O brasileiro é um grande consumidor de bebidas energéticas. Em 2024, o consumo cresceu 38% e alcançou 22 milhões de novos domicílios até setembro, segundo dados da consultoria Kantar1. Apesar da popularidade, ainda há muitas dúvidas entre os consumidores — por exemplo, se o energético tem álcool.

Existem diferentes marcas no mercado, cada uma com sua fórmula e seus componentes próprios, o que colabora para o surgimento de dúvidas sobre os efeitos e os benefícios dessas bebidas.

Porém, há muitos mitos misturados com verdades. Para responder algumas dúvidas recorrentes, reunimos as principais neste artigo.

Continue a leitura e entenda se o energético faz mal, quais são os efeitos da bebida no organismo, se todas as versões contêm álcool e conheça a fórmula do Engov Up.

Resumo

  • Energético não tem álcool, pois a inclusão da substância descaracterizaria a bebida, conforme normas do Ministério da Saúde2.
  • As bebidas energéticas só fazem mal à saúde quando consumidas em excesso e com frequência. As principais reações incluem: ansiedade, aumento da pressão arterial e taquicardia4.
  • Os efeitos do energético incluem melhora da memória e do humor, além de aumento do estado de alerta, da energia e da resistência física8.

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Boa leitura!

Energético tem álcool?

O energético não contém álcool na fórmula. No Brasil, as fabricantes devem seguir os requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para a comercialização de bebidas energéticas2.

Os produtos precisam incluir como ingredientes principais: inositol e/ou glucoronolactona, e/ou taurina, e/ou cafeína, além da adição de vitaminas e/ou minerais em até 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção2.

Antes de consumir um energético, é importante verificar os ingredientes no rótulo. Além de listar as substâncias, a embalagem apresenta um aviso para não misturar a bebida com álcool2.

Estudos indicam que os energéticos potencializam os efeitos excitatórios do álcool e, ao mesmo tempo, reduzem os efeitos depressores3.

Entretanto, cada pessoa pode reagir de forma diferente à mistura, conforme a dose e a sensibilidade individual. Pesquisas apontam que os efeitos mais comuns em quem consome energético com álcool são3:

  • aumento da alegria;
  • euforia;
  • insônia;
  • desinibição;
  • vigor físico.

A imprevisibilidade das reações é o principal motivo para seguir as orientações de consumo seguro de bebidas energéticas. O ideal é moderar a ingestão de energético e álcool, preferencialmente de forma separada3.

Energético faz mal?

O energético faz mal quando consumido de maneira inadequada, fora das recomendações do fabricante e com frequência. Nesse cenário, os efeitos mais comuns no organismo são: ansiedade, aumento da pressão arterial e taquicardia4.

Estudos sobre bebida energética e saúde apontam riscos associados ao consumo excessivo de cafeína, sódio e açúcar. A combinação com álcool também é foco constante de pesquisas4.

O excesso de açúcar pode causar problemas nos dentes, como cáries e amarelamento, além de contribuir para doenças crônicas, como obesidade e diabetes. O consumo pontual não apresenta riscos significativos5.

A ingestão elevada de sódio aumenta o risco de doenças cardiovasculares, especialmente pressão alta e problemas cardíacos. Muitos produtos ultraprocessados contêm quantidades elevadas do mineral, o que favorece o acúmulo no organismo6.

O excesso de cafeína pode causar7:

  • irritabilidade;
  • ansiedade;
  • insônia;
  • taquicardia;
  • arritmia;
  • tontura;
  • vômito;
  • desconfortos gástricos;
  • perda de apetite.

A cafeína é o principal estimulante da fórmula7. No entanto, a quantidade varia conforme o fabricante e o volume da embalagem. Por isso, é essencial verificar os ingredientes no rótulo antes da compra.

Além disso, consuma com moderação para aproveitar os benefícios e prefira produtos zero açúcar e com baixo teor de sódio9.

Quais são os efeitos do energético?

A cafeína é responsável pelos principais efeitos do energético, como melhora da memória e do humor e aumento do estado de alerta. Estudos também indicam benefícios como melhora do desempenho psicomotor (tempo de reação e concentração) e aumento da resistência física8.

As bebidas energéticas também melhoram a resistência aeróbica e o desempenho físico, especialmente devido ao aumento da frequência cardíaca logo após o consumo8.

O desempenho mental envolve tarefas como tomada de decisão, foco e memória. Os compostos estimulantes presentes nos energéticos ampliam o estado de alerta8.

Em relação ao desempenho físico, os estudos destacam o ganho de resistência muscular em exercícios repetitivos, principalmente nos membros superiores8.

Em uma pesquisa com 12 ciclistas que consumiram energético antes do treino, a bebida contribuiu para maior resistência, ainda que não tenha alterado a percepção de esforço8.

Além disso, os efeitos do energético são positivos para o desempenho em atividades que exigem concentração no trabalho e foco nos estudos8.

Entretanto, o uso deve ser moderado. Em casos de cansaço excessivo, falta de concentração ou indisposição frequente, procure avaliação médica para investigar as causas8.

A ação da bebida é momentânea, e o uso frequente pode fazer mal e gerar reações indesejadas8.

Engov Up tem álcool?

Engov Up não tem álcool. A fórmula inclui cafeína, taurina e arginina, além de um blend de colina com vitaminas B, C e D, que contribuem para o metabolismo energético9.

A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central (SNC), que aumenta a concentração e o foco, reduz a sonolência e amplia os níveis de energia4.

A taurina é um antioxidante que colabora na produção de energia e no desempenho físico. Já a arginina atua na redução da fadiga e do estresse, proporcionando picos de energia10,11.

A colina favorece o metabolismo de gorduras. Já as vitaminas apresentam os seguintes benefícios12:

  • vitamina C: auxilia o metabolismo energético, fortalece o sistema imune e atua como antioxidante;
  • vitaminas B6 e B12: aumentam a energia, fortalecem o sistema imune e participam do metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras;
  • vitamina D: contribui para a formação óssea e o funcionamento muscular.

Além da combinação de ingredientes funcionais, Engov Up é zero açúcar, com baixo teor de sódio e apenas 10 calorias por lata9.

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Conheça o autor

1. Brasileiros estão consumindo mais energético dentro e fora de casa [Internet]. Kantar.com. 2025. Disponível em: https://www.kantar.com/brazil/inspiration/consumo/2025/energetico-dentro-e-fora-de-casa. Acesso em maio/2025.


2. Carvalho JM de, Maia GA, Sousa PHM de, Rodrigues S. Perfil dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona. Revista do Instituto Adolfo Lutz [Internet]. 2006 Apr 1;65(2):78–85. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32876. Acesso em maio/2025.


3. Ferreira SE, Mello MT de, Formigoni MLO de S. O efeito das bebidas alcoólicas pode ser afetado pela combinação com bebidas energéticas? Um estudo com usuários. Revista da Associação Médica Brasileira. 2004;50(1):48–51. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/TH7BgTP4xD5XKG4hNsNrBJd. Acesso em maio/2025.


4. Cappelletti S, Daria P, Sani G, Aromatario M. Caffeine: Cognitive and Physical Performance Enhancer or Psychoactive Drug? Current Neuropharmacology [Internet]. 2015 Jan;13(1):71–88. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462044/. Acesso em maio/2025.


5. Yonamine, Maurício, e Tatiana K. Teng. O consumo de bebidas energéticas e seus efeitos à saúde. RevSALUS-Revista Científica Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia 1.2 (2019): 61-66. Disponível em: https://revsalus.com/index.php/RevSALUS/article/download/121/33/564. Acesso em maio/2025.


6. Sarno, Flávio, et al. Estimativa de consumo de sódio pela população brasileira, 2002-2003. Revista de Saúde Pública 43 (2009): 219-225. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/6GKvmpLJ4T6Xj7wXShbzW5d/?lang=pt. Acesso em maio/2025.


7. Tolentino, Luiz Fernando Ferreira, e Nástia Rosa Almeida Coelho. Benefícios e malefícios de bebidas energéticas: uma revisão. Arquivos de Ciências do Esporte 10 (2022): 1-10. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/4856. Acesso em maio/2025.


8. Alsunni AA. Energy Drink Consumption: Beneficial and Adverse Health Effects. International Journal of Health Sciences [Internet]. 2015 Oct 9;9(4):468–74. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4682602/. Acesso em maio/2025.


9. Rotulagem Engov Up


10. Pereira JC, et al. Efeito da ingestão de taurina no desempenho físico: uma revisão sistemática. Rev Andal Med Deporte. 2012; 5(4):156-16. Disponível em: https://www.elsevier.es/es-revista-revista-andaluza-medicina-del-deporte-284-articulo-efeito-da-ingestao-taurina-no-X1888754612850237. Acesso em maio/2025.


11. Stechmiller JK, Childress B, Cowan L. Arginine supplementation and wound healing. Nutr Clin Pract. 2005;20(1):52-61. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16207646/. Acesso em maio/2025.


12. Brasil. Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução nº 269 de 22 de setembro de 2005. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília. DF. 22 de setembro de 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/rdc0269_22_09_2005.html. Acesso em maio/2025.


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